O Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme (CERPDF/Hemoba) participou, nesta sexta-feira (24), da cerimônia virtual promovida pelo Ministério da Saúde, ao lado de representantes de outros cinco hemocentros do país — Brasília, Pernambuco, Ceará, Paraná e Pará —, para o anúncio do parecer favorável ao uso do medicamento Emicizumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com hemofilia A de 0 a 6 anos de idade.
“Hoje é um dia muito feliz para nós, do Ministério da Saúde, e, sobretudo, para toda a população brasileira. A incorporação do medicamento Emicizumabe para crianças com hemofilia A, de 0 a 6 anos, representa uma oportunidade de oferecer mais dignidade e qualidade de vida. Esse tratamento trará mais conforto e menos efeitos adversos para as crianças. É, portanto, mais um direito conquistado — um passo importante no fortalecimento do Sistema Único de Saúde e no cuidado com a população brasileira”, declarou Aline Costa, diretora do Departamento de Cooperação Técnica e Desenvolvimento em Saúde do Ministério da Saúde.
Embora o medicamento já estivesse disponível no SUS desde 2021, sua recomendação agora se estende também às crianças dessa faixa etária. No Centro de Referência da Hemoba, dos 842 pacientes com hemofilia A e B acompanhados neste ano, 56 são crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 13 mil pessoas vivem com essa enfermidade no Brasil, o que representa a quarta maior população mundial de pacientes com a doença.
“Com esta ampliação do uso do Emicizumabe, vamos quase quadruplicar o número de pacientes que utilizam a medicação no estado. É um avanço muito grande para as crianças que hoje sofrem com punções venosas repetidas, pois poderão fazer uso de uma medicação subcutânea, com muito mais facilidade e adesão ao tratamento. Isso aumenta a inclusão social, proporciona proteção prolongada e amplia a possibilidade de as crianças brincarem e viverem melhor. Só temos a agradecer ao Ministério da Saúde por essa conquista em favor dessa população”, destacou Anelisa Streva, diretora do Centro de Referência.
A hemofilia A é um distúrbio genético que afeta a coagulação do sangue, caracterizado pela deficiência ou anormalidade do fator VIII, resultando em episódios de sangramento, especialmente nas articulações. O Emicizumabe é um medicamento de aplicação subcutânea que imita a função do fator VIII, prevenindo sangramentos e reduzindo a frequência de hemorragias. Essa terapia proporciona melhor qualidade de vida a pacientes adultos e pediátricos, pois requer apenas uma aplicação semanal.
A cerimônia contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e de representantes dos hemocentros de Brasília, Pernambuco, Ceará, Paraná e Pará. Em Salvador, participaram do evento o diretor-geral da Hemoba, Luiz Catto; a diretora do Centro de Referência, Anelisa Streva; a diretora do Departamento de Cooperação Técnica e Desenvolvimento em Saúde do Ministério da Saúde, Aline Costa; a representante do Gabinete da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Suzana Ribeiro; a coordenadora executiva de Fortalecimento do SUS da Bahia, Roberta Sampaio; a superintendente do Ministério da Saúde na Bahia, Joana Paroli; o presidente da Associação Baiana de Hemofílicos, Almir Bastos; e a representante do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia, Elba Brito.
Fonte: Ascom/HEMOBA
Governo do Estado da Bahia